domingo, 30 de junho de 2013

Discurso de Vasques Gomes como candidato à Câmara de Coruche 2013

 
Começo por agradecer a vossa presença, aqui hoje. Ao nosso deputado  Dr. Ribeiro e Castro, Diretor da segurança Social Dr. Tiago Leite, Presidente da Distrital Dr. José Matafome aos presidentes das Concelhias aqui presentes. Ao meu amigo Dr. Abel Matos Santos candidato nesta caminhada tão importante como tão difícil.

Agradeço, de seguida, a todos quantos nesta fase inicial se disponibilizaram de forma extremosa, mostrando que quando se trata de convicções, nada é mais importante. Quanto mais não fosse, pela esperança que depositaram em mim, não vos irei desiludir nesta luta que hoje começa.

Ler discursos não é uma tarefa fácil para mim. Muito poucas vezes consegui exprimir aquilo que verdadeiramente penso, preso a uma folha de papel. E se calhar, por isso mesmo, em política, nunca deixei de obedecer à minha consciência em primeiro lugar e não a qualquer outro ditame. Sou militante de um partido CDS-PP, encabeço uma candidatura ligada a este  partido político, mas não me sinto, nem um bocado, limitado na minha independência e na maneira de estar na vida. Sou, antes de mais, um cidadão que não hesita em trocar a sua segurança por liberdade.

Toda a minha vida me pautei por princípios com que convivi desde cedo, como pensar pela própria cabeça, independentemente do meio onde me encontrasse. E desde cedo que não consigo deixar de participar na vida da minha terra, onde incluo as passagens pelos meandros políticos onde nem tudo pode ter corrido como eu queria, mas onde não deixei dúvidas quanto à minha forma de estar. Honrarias nunca as tive, nem as procurei, tendo-me bastado até agora ter tentado ajudar a construir uma terra melhor.

Cresci numa terra única, Portugal,mas Coruche é o meu cantinho presa a um passado que muitas vezes se renega, mas com um potencial futuro que um presente esgotado não permite que aconteça. Seria difícil encontrar terra que pudesse ir mais longe que Coruche, mas simultaneamente ficasse tão presa por causa de quem não a conseguisse afirmar para além do óbvio e, mesmo assim, muitas vezes da forma menos inspirada. Se há hipótese de mudar este estado de coisas, não quero deixar de dizer presente e de o fazer com base naquilo que sempre acreditei que deve nortear a actuação política:

Responsabilização, transparência, ambição, exigência, independência e dedicação ao interesse público como pilar de todo o resto. E ao longo de anos, fosse em escritos, conversas, na rádio, intervenções em cargos partidários ou intervenções em cargos políticos, fosse onde fosse, sempre defendi este conjunto de valores.

Abraço este desafio numa altura particularmente crítica devido a conjutura Nacional  e por isso uma exigência  mais de mim– por ter a consciência que esta é a altura para pôr em prática todo o conjunto de valores que defendo para a actuação política. E por ter consciência que, pretexto a pretexto, o palco da política vai sendo abandonado a favor daqueles que, numa sociedade exigente, dificilmente conseguiriam ter qualquer trabalho com responsabilidade mínima em mãos. Não há idades para participar em projectos destes, nem qualquer outro requisito prévio que não aquele de ter vontade de mudar para melhor... o mundo em que nos movemos.

Pertenço a uma geração em que muitos, para o futuro que ambicionavam, não puderam fazer a escolha de ficar a viver e trabalhar em Coruche. E a geração a ctual que não só não,  vê o seu futuro cada vez mais hipotecado, presa entre um mercado de trabalho desencorajador no nosso Concelho. É esta geração, que tal como eu, que quer constituir e sustentar a sua família, a quem cabe dar voz, aprendendo e sendo acompanhada por quem, sendo mais velho, deu mais de si que recebeu e não desdenhando quem, sendo mais novo, vive uma ilusão de futuro mais risonha, com a força e a determinação para ajudar uma terra  a mudar.

E é por todos estes motivos que aqui estou hoje: porque sei do que sou capaz, porque sou livre, porque amo  Coruche a Princesa do Sorraia e porque sei que só indo a votos posso ser eleito para um cargo executivo, onde mais que lidar com os problemas das pessoas posso resolvê-los.

Escolho candidatar-me a Coruche, em vez de ficar noutras paragens ou longe desta luta, não porque ache que sou imprescindível ou indispensável, mas porque quero participar nas decisões que moldam o nosso futuro. Quero participar porque tenho ideias, vontade e porque sei que, não sendo representante de todos, coloco o interesse da minha terra à frente de tudo.

Muitos acharão estranha esta minha opção Não é na primeira linha que se ganha a experiência que muitas vezes tanto falta faz  a quem nos governa mais acima? Não é a resolver os problemas mais essenciais que a Política começa por fazer mais sentido? Para mim, se dúvidas houvesse, rapidamente se desfizeram: não posso acusar os outros de laxismo ou oportunismo se quando tive a oportunidade de avançar, ainda por cima a liderar um projecto, me deixei ficar à espera de uma incerta mudança de ares.

Este é um desafio que abraço, convicto de que está na altura de mudar… está na altura de regenerar… está na altura de mostrar que não há razões para receios… está na altura de exigir e responsabilizar… está na altura de mais que dizer, fazer. E ser responsabilizado quando se fizer mal. Não apenas nas urnas, mas todos os dias enquanto durar o mandato. Está na altura de gerir responsavelmente, de forma consciente e de forma a responder aos problemas do maior número de cidadãos possível.

Alguns discordarão desta referência, mas a transparência a isso me obriga. A actuação política não se compadece com tácticas que, ao longo dos anos, apenas têm servido para denegrir a imagem da Política e dos políticos.

No entanto, afirmo-vos, olhos nos olhos, que tudo farei para ganhar esta eleição, ouvindo, discutindo, propondo soluções e escolhendo as melhores opções para mudar a forma como é a relação do executivo com as juntas.

Não serei um comissário político à espera de instruções de um partido nem serei um agitador de serviço à procura de palco para protagonismo. Não serei alguém que dirá aos eleitores aquilo que eles gostam de ouvir, mas sim aquele que lhes mostrará a realidade, explicando as opções tomadas. Serei, antes de mais, um defensor intransigente dos interesses da população, representando-a e gerindo o Concelho sempre com o maior respeito por todos, independentemente das divergências que existam ou surjam.

Estarei com o Concelho, pelo Concelho, para o Concelho. Não tenham quaisquer dúvidas quanto a esse compromisso.

Candidato-me não porque preciso de um qualquer cargo para sobreviver, mas sim porque acredito nas minhas capacidades e, sobretudo, acredito nas capacidades de quem me rodeia, sabendo que seremos, em conjunto, capazes de fazer a diferença e tomar as melhores decisões mesmo perante as escolhas mais difíceis.

Sei-o, porque perante a escolha de avançar e fazer algo de real pela nossa Terra, eu e quem me acompanha disse que sim, mesmo prejudicando a sua vida pessoal, familiar ou profissional. Quem o fez, escolheu acompanhar-me, o que muito me honrou e muito me orgulha. Retirei algumas pessoas do seu merecido descanso, outras da sua azáfama profissional, outras ainda fiz questão de que iniciassem o seu percurso de cidadãos de plenos direitos envolvidos numa luta de nobres convicções. O mérito não é meu, mas sim de todos os que, desafiados a exercer os seus direitos cívicos, trocaram a segurança pela liberdade e que, agora, perante vós, e na minha pessoa, vos garantem que podem ficar tranquilos. Que a escolha que fizeram foi, na hora da verdade, a única possível: Escolheram  a  melhor equipa de coruchenses.

Candidatamo-nos com uma bandeira simples: queremos afirmar. Queremos uma Câmara que não tenha receio de exercer as suas competências e que as explore até ao limite, porque esta será uma autarquia capaz de modificar, de forma permanente e positiva, a vida dos seus cidadãos.
Defendemos que a Câmara tem de ser capaz de potenciar o seu património humano, natural, histórico, cultural e ambiental.

Criar uma agenda cultural que não se esgote em eventos periódicos. Uma agenda assente em diversidade, regularidade e qualidade em articulação com as Juntas de Freguesia, que recorra essencialmente à divulgação das várias artes, que permita um envolvimento dos cidadãos e que anime espaços como os que existem pelo nosso Concelho em que cada Freguesia se pode afirmar. Coruche, é rico em colectividades que podem interagir ainda mais do que fizeram no passado, sendo as Juntas um interlocutor privilegiado para proporcionar esse tipo de parcerias. Escolher, é querer ter uma Câmara que assuma e valorize a sua herança social, natural e cultural para que se diferencie e se afirme!

Defendemos que a Câmara tem que gerir melhor o crescimento de todo o Concelho, com recurso a melhor planeamento.

Queremos que o que pertence ao Concelho seja gerido pelos Autarcas do Concelho. Defendemos que as obras que são realizadas da responsabilidade da Autarquia que sejam ouvindo os afectados pelas mesmas, e defendemos que a população deve ser ainda mais envolvida na procura das suas próprias soluções. Defendemos uma maior participação dos habitantes do Concelho na tomada das decisões que os afectam verdadeiramente.

Defendemos uma aposta clara na área do Apoio Social.

Pretendemos participar numa rede de voluntariado que, envolvendo cidadãos de várias idades, dê respostas para problemas sentidos por todos, assegurando apoio psicológico, apoio social, garantindo uma componente de formação cívica dirigida aos mais novos, envolvendo-os desde cedo na vida comunitária e responsabilizando-os enquanto cidadãos. Não pretendemos substituirmo-nos a ninguém, mas sim ajudar a aumentar a capacidade de resposta existente para aqueles que necessitam de uma ajuda específica, ao mesmo tempo que criamos um verdadeiro serviço cívico que tenha reflexos positivos nas nossas  comunidades. Ajudar! Ajudar! Ajudar.

É permitir a quem cá viveu a sua vida toda, que vai vivendo ou quem queira vir para cá viver, ver a sua qualidade de vida aumentada!


A  autarquia é extraordinariamente importante, na primeira linha da resolução de problemas reais de pessoas reais. Para isso há que assumir, sem complexos, que uma autarquia é uma instituição com um papel político próprio e único, submetendo-se apenas aos seus cidadãos. Chegou, finalmente, a altura da Câmara Municipal de Coruche assumir o seu papel.
 
A Câmara tem que tomar posição sobre questões essenciais para o crescimento do Concelho. Seja sobre os empreendimentos comerciais, que podem afectar o crescimento económico da Vila mas tambem de todas localidades do Concelho, seja sobre a oportunidade de equipamentos, seja questionando obras de regime em periodo eleitoral  que apenas são pensadas em função de placas de inauguração, seja na segurança ou na saúde Escolher a nossa candidatural é ter um Concelho onde fazemos  parte da solução e não do problema!
Perante vós, mais que um candidato, uma lista ou um projecto, há uma escolha: qual o caminho que querem percorrer. O caminho mais percorrido? Mais conhecido?, sem dúvida, mas também o mais esgotado. Ou o caminho menos percorrido? O da ambição, o dos projectos próprios, o da vontade, o dos Coruchenses que não aceitam que lhes imponham factos consumados.

A escolha pertence-vos, pertence à vossa consciência e para a tomarem, única e simplesmente, pedimos que nos ouçam e questionem. Que participem. Que exijam.

Não temos inimigos, temos adversários.

Não temos dogmas, temos convicções.

Não temos apenas ideias, temos projectos.

Não temos uma lista, temos uma equipa.

Não temos sonhos, temos ambições.

Não temos outra hipótese, escolhemos Coruche!

Queremos o futuro e queremo-lo agora. Queremos que o vosso apoio conte, queremos que o vosso contributo mais que legitimar a melhor representação no Concelho. Queremos que o vosso empenhamento nos acompanhe, como se algum dia fosse possível esquecer, que estamos , em nome de todos, para fazer a diferença.

Hoje, para mim, não é apenas um dia qualquer. Apresento-me perante vós e digo que sou capaz. Assumo a promessa mais sagrada que um cidadão pode assumir perante a sua comunidade. Peço-vos que em mim depositem o que de mais importante uma comunidade encerra: a sua confiança.

Mas entre um momento e outro, tenho o enorme e imenso desafio de vos provar que eu, e quem me acompanha, seremos dignos merecedores da vossa confiança e de todo um Concelho que aguarda impacientemente um futuro melhor.

Vamos em frente, vamos meter mãos à obra, Vamos Escolher os 3S’s do cds solidariedade,saúde e segurança!

Muito obrigado.

Vasques Gomes
Candidato à Câmara Municipal de Coruche

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